sábado, 6 de junho de 2009

Sábado, 03:05 horas

Sempre gostei do fumo do tabaco a envolver-me. Relaxar num clube como este, um dos pequenos prazeres de uma existência banal. Sem querer, esta noite ao entrar, choquei com uma rapariga. Mas, quando me voltei para pedir desculpa já não a vi. Curioso, pensar que estivemos tão próximos por um segundo.
Um segundo? 0,0001 segundos, uma mera fracção de fracção.
Dois estranhos. Provavelmente nunca nos voltaremos a cruzar nesta vida. Mas naquele momento preciso estivemos tão próximos.

72 horas depois, deste lugar onde me sento, um homem observa esta rapariga e apaixona-se.

J.F.

Segunda-feira, 05:23

Os olhos de quem se ama nunca se vêem, capitulo I

Estranho, como uma simples troca de olhares consegue despertar um sentimento adormecido. Cruel, como uma simples troca de palavras destrói tantas ilusões. Entrei neste clube, como podia ter entrado em qualquer outro desta cidade. Sentei-me neste lugar, entre tantos, e ao olhar em frente apaixonei-me por um par de olhos verdes.

Aquellos ojos verdes…

Uma bebida, outra, talvez mais uma ainda para ganhar coragem. Uma troca de palavras que rapidamente se transforma numa conversa. Ilusões, apenas ilusões desmoronadas por uma simples expressão: “o timing foi mau…”. O tempo, sempre o tempo, o verdadeiro inimigo.
Continuo sentado no meu lugar, uma bebida, talvez outra, para esquecer.


Relatado por Joszef

Sem comentários: